A
lei 10639/2003 incluiu no currículo oficial de toda a rede de ensino
brasileira, a obrigatoriedade da temática "História e Cultura
Afro-Brasileira" e também definiu o dia 20 de novembro como "Dia
Nacional da Consciência Negra", esta legislação foi considerada um marco
na busca pela igualdade racial no País. Neste mês de novembro, marcando
as lutas sociais da população afro-brasileira, o Núcleo de Estudos,
Pesquisa e Extensão em Relações Étnico-Raciais, Movimentos Sociais e
Educação - N'umbuntu, do Campus da UFPA em Marabá, promove uma série e
ações voltadas ao conhecimento da cultura e história negra, além de
discutir sobre os rumos do ensino desta temática nas escolas. É o I
Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão “Consciência Negra para Valer”,
Curso de Extensão Iniciativas Negras regional: Trocando Experiências.
Do dia
30 de novembro a 01 de dezembro, no Campus universitário de Marabá, o
N'UMBUNTU realizará atividades em parceria com a Universidade Federal do
Ceará, mais especificamente com o N’blac, um núcleo ligado a UFC, que
organiza o Curso de Extensão em Iniciativas Negras, reunindo ativistas
do movimento negro em âmbito nacional com o objetivo de trocar
experiências, participar de oficinas, assistir aulas e refletir sobre as
questões ligadas ao debate contemporâneo sobre relações raciais e
anti-racismo.
Programação - O
curso do N’blac acontece a cada dois anos, mas neste entremeio o grupo
realiza parcerias por todo o Brasil, este ano o N’umbuntu foi convidado a
integrar esse movimento. O coordenador do Grupo da UFPA, Ivan Costa
Lima, adiantou que a programação incluirá debates, mesas, palestras,
conferências, oficinas, exposições fotográficas. Também foram planejadas
diversas oficinas, com as de bonecas negras, de DJ, de estêncil em
camisetas, trançados, entre outras.
Além dos
ministrantes do campus e Marabá e da Universidade do Ceará foi
convidada a pedagoga Jeruse Romão, de Santa Catarina, para discutir
sobre a lei 10639/2003 e como trabalhá-la no espaço da escola. Outra
convidada será a coordenadora do N’blac, a socióloga Joselina da Silva,
que vai discutir a questão do pensamento social brasileiro e as relações
raciais. Para Ivan Lima, o objetivo é discutir como esse pensamento
acaba fazendo com que a sociedade continue vivenciando desigualdades
entre negros e brancos.
Visibilidade -
As atividades do grupo N’umbuntu se desenvolveram e estão ganhando cada
vez mais visibilidade dentro da UFPA e na da cidade de Marabá, aja
vista que o Núcleo de Pesquisas já foi convidado pela prefeitura do
município para participar de várias atividades de formação de
professores, ampliando o debate nas escolas.
“O grupo
recebeu até mesmo a proposta do Curso de Geologia para desenvolver
alguma atividade que contemple essas questões raciais. E esse é o
objetivo do N’umbuntu, a discussão plena, a abrangência do tema dentro e
fora da Universidade”, afirmou Ivan Lima.
Texto: Yuri Coelho – Assessoria de Comunicação
Fotos: Alexandre Moraes e reprodução Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário