EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

COPIR participa de audiência pública sobre o Território Quilombola de Jambuaçu, Moju/PA

A Audiência Pública foi realizada na última quarta-feira, dia 29 de agosto, de 14h às 18h, no Auditório João Batista da Assembleia legislativa do Estado Pará, tendo a presença das seguintes autoridades na composição da mesa: Dep. Dirceu Ten Caten, Dep. Airton Faleiro, Haydeé Marinho (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade), Vera Lúcia Marques Tavares (Ministério Público do Estado do Pará), Domingos Conceição (Fórum de Igualdade Racial da Universidade Federal do Pará), Tony Vilhena (COPIR) e Luiz Freire (Secretaria de estado de Segurança Pública e Defesa Social).

Pela representação da sociedade civil contou-se com as lideranças da BAMBAÊ - Coordenação das Associações Quilombolas localizadas no Território de Jambuaçu; Associações: Iorubá-Poacê, Filhos de Zumbi do Centro Ouro, Axé de Santana do Baixo, Olorum de Santa Luzia do Tracuateua, Santa Maria do Tracuateua, Congo de São Sebastião, Santo Cristo, Conceição do Mirindeua, Santa Maria do Mirindeua, São Manoel, Oxalá de Jacundaí, Oxossi da Ribeira; Comunidades: Vila Nova, Nossa Senhora das graças e São Bernardino.

As representações da sociedade civil organizada apresentaram, em síntese, os seguintes problemas:

- Péssimo tratamento das empresas de mineração Hydro e Imeris que exploram a região;

- Necessidade de ampliação do serviço público de educação para as comunidades, sobretudo, a garantia da implementação da Resolução 08/2012 do Conselho Nacional de Educação que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola;

- Necessidade criação da uma Secretaria de Estado de Igualdade Racial para a abordagem correta do poder público aos problemas que as comunidades tradicionais passam;

- Imediata intervenção das forças de segurança e da Justiça na resolução dos conflitos agrários na região;

- Urgente titulação das terras.

Cada órgão relatou seus serviços que poderiam ir ao encontro das demandas apresentadas pelas comunidades. Pela COPIR foi relatada a execução do Projeto Educação, Etnicidade e Desenvolvimento: Fortalecimento de alunos e alunas Quilombolas na Educação Básica, que atende as comunidades quilombolas na formação de profissionais da educação para a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola e que neste ano uma das nove cidades contempladas é a do Moju, especificamente, a Comunidade de Santo Cristo; foi apresentada a necessidade de se informar no Censo Escolar as escolas em território quilombola, para garantir recursos específicos da FNDE e de outras fontes. Na oportunidade, foi citada a experiência da EEEM Ademar Nunes de Vasconcelos, de Salvaterra, que atende muitos jovens quilombolas e, num processo muito participativo da comunidade escolar, está refazendo seu Projeto Político-Pedagógico para inserir o “olhar” da Educação Escolar Quilombola, conforme a legislação educacional mais atualizada.

Por fim, decidiu-se criar um Grupo de Trabalho para encaminhar as deliberações e demandas comunitárias do território de Jambuaçu e acompanhar o atendimento do Poder Público.

SEDUC e OAB realizam palestras contra a intolerância religiosa nas escolas

 
No dia 29 de agosto aconteceram as palestras contra a intolerância religiosa nos turnos da manhã e tarde na EEEM Dr. Freitas, no bairro do Umarizal, em Belém. A iniciativa nasceu da articulação da professora de arte Vânia Ramos com a Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial (COPIR/SEDUC) e a a Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da Ordem dos Advogados do Brasil seção Pará (OAB/PA), como fomento de práticas de respeito à diversidade religiosa.
O evento ainda ganhou a adesão de Mãe Nalva, gerente de Políticas para a Igualdade Racial da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (GEPIR/SEJUDH). Pela COPIR participaram as professoras Cilene Melo, Deusilene Lisboa e Hilda Ribeiro; e os professores Luis Brito e Marcos Lima. A OAB/PA foi representada pelo presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa Dr. Emerson Lima.
Foram exibidos vídeos sobre a importância de garantir a liberdade religiosa e da necessidade de todos buscarem respeitar as diferenças. Chamou a atenção os relatos dos estudantes sobre casos de intolerância na escola e fora dela. Ao final, foi firmado compromisso de todos e todas se comprometerem a enfrentar qualquer forma de intolerância religiosa.
Em caso de intolerância religiosa na escola, deve-se buscar a direção para as providências. Há também o serviço de direitos humanos chamado "Disque 100", onde há o registro da violência sofrida e orientações para os devidos encaminhamentos. Outro serviço importante é o da Delegacia de Crimes Discriminatórios e Homofóbicos da Polícia Civil, na Rua Avertano Rocha, n° 417, entre Travessas São Pedro e Padre Eutíquio (Sede da Divisão de Investigações e Operações Especiais - DIOE), Cidade Velha, Belém-PA, com o telefone (91) 3212-3626.

Próximo evento
Palestra de enfrentamento à intolerância religiosa
17 de setembro, às 9h- EEEM Pedro Amazonas Pedroso







segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Educação contra a intolerância religiosa. COPIR e OAB/PA visitam as escolas para a promoção do respeito à liberdade religiosa.

Em preparação ao 20 de Novembro: Dia Nacional da Consciência Negra, a Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial (COPIR) mobiliza as escolas para que preparem atividades educativas de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial, não somente no período celebrado, mas durante todo o ano letivo. Pois consciência negra tem que ser uma atitude diária.

Assim, motiva que desde já as escolas promovam diversas ações que culminem no 20 de Novembro, sendo proposto um tema atual e de grande relevância para as dinâmicas educacionais: o problema da intolerância religiosa.

Em parceria estabelecida com as comissões de “ Direito e Liberdade Religiosa” e “Defesa da Igualdade Racial Etnia e Direitos dos Quilombolas” da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB/PA), que também comungam da preocupação com o avanço dos discursos de ódio que se proliferam na sociedade, sobretudo nas redes sociais e ambientes escolares, estabeleceu-se o recorte temático sobre a especificidade da recorrência da intolerância religiosa contra os povos tradicionais de matriz africana. Pois, verifica-se que, devido ao histórico de racismo, as religiões de matriz africanas são sistematicamente perseguidas, demonizadas e invisibilizadas no país.
A primeira escola a receber o evento será a EEEFM Dr. Freitas, situada no bairro do Umarizal, em Belém, no dia 29 de agosto de 2018, às 10h e às 16h. Posteriormente, será a vez da EEEM Pedro Amazonas Pedroso, no dia 17 de setembro de 2018, às 9h. Outras escolas estão na lista de atendimento, faltando apenas confirmar as datas.

Com a ação, pretende-se abordar os conceitos e as consequências da intolerância religiosa, principalmente as sofridas pelos povos tradicionais de matriz africana, para contribuir na sensibilização e no devido enfrentamento da comunidade escolar aos casos de racismo, visando o respeito à liberdade religiosa.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

COPIR participa do Belém + 30


Exposição da Comunidade Quilombola Salvar
Nos dias 07 a 10 de agosto, a Coordenadoria de Educação para Promoção da Igualdade Racial - COPIR - participou, no Centro de Convenções da Amazônia - Hangar, do evento Belém + 30, Congresso que agregou XVI Congresso Internacional Etnobotânica, XII Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia, I Feira Mundial da Sociobiodiversidade e IX Feira Estadual de Ciência, tecnlogia e Inovação. A COPIR foi representada por Hilda Ribeiro, Márcia Helena, Marcos Lima e Simone Araújo.

O evento teve como tema central “Belém + 30. Os direitos dos povos indígenas e populações tradicionais e a conservação da biodiversidade, três décadas após a declaração de Belém” ef oi organizado pela Universidade Federal do Pará e Museu Paraense Emílio Goeldi, em colaboração com Sociedade Internacional de Etnobiologia e Sociedade de Etnobiologia e Etnoecologia.

Com objetivo de refletir sobre a Declaração de Belém e o campo da Etnobiologia ao longo dos trinta anos, focando nos avanços e desafios científicos, étnicos, jurídicos e políticos relacionados aos povos indígenas e tradicionais e o uso sustentável da biodiversidade.

A Copir esteve presente com exposições de banneres demonstrativos dos projetos executados nos municípios paraenses, por meio de formação de professores e alunos e exposição do Kit Pedagógico “A Cor da Cultura”. A Copir também prestigiou a exposição de trabalhos da Comunidade Quilombola de Salvar, do município de Salvaterra/PA, e a barraca de comida baiana do Grupo do Grupo de Estudos Afro Amazônico - Geam.
Acompanhamento das atividades do evento


Visita à exposição de culinária afro-brasileira

Apresentação de jovens do Quilombo Salvar

Márcia Helena, Marcos Lima e Simone Araújo

Entrevista com Dr. Hilotn Silva
 
Texto e fotos: Profa. Márcia Helena
Com informações de https://www.ise2018belem.com/


SEDUC realiza o Afro-Pará: formação continuada em educação antirracista

Conheça a agenda de atendimento no segundo semestre de 2018

Formação no município de Bagre

A cada dia tem se dado mais notoriedade na imprensa aos casos de racismo. São casos que afetam pessoas anônimas e famosas, em diversas profissões e variados contextos sociais. Especialistas, em todas as entrevistas, são unânimes em concluir que para a superação do racismo a melhor estratégia é a educação.
A implementação da Lei 10.639/2003, que institui o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira na Educação Básica, é uma das principais ferramentas para o enfrentamento ao racismo, mas, para isso, profissionais de educação precisam receber a devida formação. O Projeto Afro-Pará, desenvolvido e executado pela Secretaria de Estado de Educação, através de sua Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial (COPIR), visa a capacitação de professores/as, técnicos/as e gestores/as para a elaboração de metodologias conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Neste ano, o Afro-Pará está atuando nos seguintes municípios:
- Região do Caeté: Baião e Tailândia;
- Região do Capim: Paragominas;
- Região do Tocantins: Barcarena e Igarapé-Miri;
- Região do Guajará: Mosqueiro;
- Região do Marajó: Bagre, Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras e São Sebastião da Boa Vista.

Conheça o calendário de atendimento no módulo 2 e os/as técnicos/as responsáveis.

Paragominas
10 à 14 de setembro

Augusto Santos e Simone Araújo

Baião
10 à 14 de setembro

 Márcia Helena e Maria Deusilene

São Sebastião de Boa Vista
24 à 28 de setembro

Amilton Sá Barretto e Marcos Lima  

Ponta de Pedras
15 à 19 de outubro

Márcia Helena e Maria Deusilene

Igarapé-Miri
22 à 26 de outubro

Creusa Santos e Augusto Santos

Cachoeira do Arari 
05 a 09 de novembro
Augusto Santos e Simone Araújo

Tailândia
12 à 16 de novembro

Augusto Santos e Simone Araújo


Bagre 
19 à 23 de novembro
Márcia Helena e Maria Deusilene


Barcarena 
10 à 14 de dezembro 
Creusa Santos e Márcia Helena

Metodologia do Afro-Pará
O Curso funciona em 03 módulos, 02 presenciais de 50h e 01 à distância de 20h, perfazendo um total de 120 horas, em 10 turmas de 60 profissionais. O primeiro módulo presencial consta de aulas teóricas e parte prática. Os professores recebem um “KIT PEDAGÓGICO” contendo calendário afro-brasileiro e material apostilado de textos que abordam a temática das relações étnico-raciais.
O segundo módulo é à distância - EAD, em que as atividades serão realizadas pela Plataforma do Google Sala de Aula.
O terceiro módulo é presencial com o propósito de finalização das atividades mediante a realização de oficinas práticas para formação de professores.
Grupo de trabalho em Ponta de Pedras

Turma de Ponta de Pedras


Profissionais da educação de Baião

Apresentação teatral em Baião

Plano de enfrentamento à violência contra as mulheres no Pará

 
A Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial (COPIR/SEDUC) participou do 7º Workshop de Acesso à Justiça (o qual está dentro do Programa de Respostas Eficazes às Violências Contra as Mulheres), em Belém/PA, nos dias 13 a 15 de agosto, promovido pelo Instituto Avon. A COPIR foi representada pelas pedagogas Márcia Helena e Simone Araújo e o sociólogo Tony Vilhena.
O evento reuniu diversos/as profissionais de vários setores que trabalham engajados na causa de Enfrentamento às Violências Contra as Mulheres. Participaram representantes de Secretarias, Defensorias, Cras/Creas, Polícias, Justiça, Promotoria, Ongs, centros de acolhimento e movimentos sociais no intuito de aperfeiçoar a rede de atendimento para desenvolver um trabalho unificado e integrado.
O encontro foi finalizado com a elaboração de um plano de ação. Clique AQUI e acesse o plano.
 



 

domingo, 19 de agosto de 2018

Evento na OAB/PA reflete sobre desigualdade racial no Brasil

No dia 16 de agosto, as comissões de Liberdade Religiosa e Defesa da Igualdade Racial Etnia e Direitos dos Quilombolas da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB/PA) promoveram o Seminário  "A desigualdade racial no Brasil 130 anos após a Abolição", que contou com a participação da Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Estado de Educação do Pará (COPIR/SEDUC) e diversas entidades que atuam contra o racismo. A sacerdotisa Mametu Nangetu, do Comitê Inter-religioso do Pará e do Conselho Nacional de Diversidade Religiosa, e professora da UFPA Maria de Nazaré Lima fizeram exposições, com a mediação do advogado e babalorixá Edson Catendê .
A COPIR foi representada pela pedagoga Hilda Ribeiro e o sociólogo Tony Vilhena. Na ocasião, articulou com as comissões de Liberdade Religiosa e Defesa da Igualdade Racial Etnia e Direitos dos Quilombolas o projeto "OAB Vai à Escola", que trabalhará inicialmente a temática de enfrentamento à intolerância religiosa nas escolas públicas, numa metodologia dinâmica e participativa que inclui a participação de lideranças dos povos tradicionais de matriz africana, músicas e gesto de compromisso. A primeira escola a receber o projeto "OAB Vai à Escola" será o Pedro Amazonas Pedroso, no dia 17 de setembro de 2018, às 9h.
Ainda no seminário, foi realizada uma marcante homenagem ao professor Arthur Leandro,  o Tata Kinamboji, conselheiro nacional de cultura, artista e militante no movimento negro, que faleceu em maio, em Belém. No encerramento, houve uma grande celebração com a apresentação do banda Ita Lemi Sinavuru, da AFAIA - Associação dos Filhos e Amigos do Ilê Iyá Omi Àsé Òfá Kare.

Mesa de apresentações

Apresentação do Projeto OAB Vai à Escola

Homenagem ao prof. Arthur Leandro