Professores, estudantes de graduação, representantes de comunidades quilombolas e outros movimentos sociais assistiram, no último dia 22, à
palestra “As cotas para negros na universidade como mecanismo de luta
para a construção da igualdade étnica e racial”, proferida pela Profa.
Dra. Zélia Amador de Deus em Santarém/PA.
O evento aconteceu no Campus
Rondon da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), promovido pelo
Programa de Extensão “Africanidades em sala de aula” (PROEXT/2013) e
pelo Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico-Racial do
município.
Segundo Luiz Fernando de França, professor
da UFOPA e coordenador da palestra, o objetivo inicial foi discutir a
implementação da política de cotas nas universidades brasileiras quanto
ao acesso e à permanência dos estudantes beneficiários de cotas raciais.
“O que nós queremos é, mais do que perceber a implementação, debater o
porquê das cotas, qual a necessidade delas, considerando que nós vivemos
numa sociedade racista, explicar por que somos a favor e também pensar
esse processo na UFOPA”.
A palestrante Zélia Amador de Deus,
que é professora-adjunta da Universidade Federal do Pará (UFPA) e
coordenou o Programa de Ação Afirmativa do Ministério do Desenvolvimento
Agrário, relatou um histórico do racismo no mundo - desde as grandes
navegações, passando pela 2ª Guerra Mundial e chegando aos dias atuais -
e sua relação direta com o colonialismo. “Na construção histórica do
Brasil, o racismo está ligado à cor da pele, mas em outras sociedades
isso não se dá da mesma forma, pois inclui região, cultura, situação
econômica. É a supremacia de um grupo em relação a outro, que gera
genocídios, hierarquizações e dominações”. Para ela, as políticas de
ação afirmativa vão além das cotas: “são políticas específicas voltadas
para eliminar a discriminação racial”, afirmou.
Jussara Kishi – Comunicação/UFOPA
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