EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Prevenção e combate ao racismo nas escolas

Prevenir contra e combater o racismo são atividades cotidianas nas escolas da rede pública estadual de ensino. Realizadas ao longo do ano letivo, as ações incluem formação de professores, projetos com educação quilombola e etnicidade, prática de interdisciplinaridade nas ações educativas, projetos políticos pedagógicos de enfretamento do tema nas escolas, além de atividades de sensibilização nas escolas.
Neste 20 de novembro, quando se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra, duas instâncias da Secretaria de Estado de Educação que atuam no campo da diversidade - a Coordenadoria de Educação para Promoção da Igualdade Racial (COPIR), da Diretoria de Educação para Diversidade, Inclusão e Cidadania (DEDIC) e a Coordenadoria de Ensino Médio (COEM), da Seduc orientam as Unidades Seduc na Escola (USEs) e Unidades Regionais de Educação (UREs) sobre como trabalhar a prevenção e o combate ao racismo e ao preconceito no ambiente escolar.

Para identificar e apoiar as práticas pedagógicas e de gestão em escolas quilombolas e escolas que atendem crianças/estudantes provenientes de territórios quilombolas, o aluno quilombola identifica sua origem logo na matrícula - um quesito recentemente incluído no formulário de inscrição. "A Copir", destaca Amilton Sá Barretto, "desenvolve o projeto "Educação, Etnicidade e Desenvolvimento: Fortalecimento de Negros e Negras Quilombolas na Educação Básica", que visa contribuir para "elevação da aprendizagem dos alunos quilombolas, ampliando o acesso a outros níveis e modalidades de ensino, evitando a evasão e repetência".

Para Ana Cláudia Serruya Hage, Diretora de Ensino Infantil e Fundamental (Deinf), a Seduc tem continuamente desenvolvido formação com professores desde os anos iniciais e finais, com foco na afirmação dos direitos de aprender e do reconhecimento do sujeito e de suas diferenças, sejam elas, étnicas ou de crenças, condição socioeconômica e sociocultural. "As orientações para a prática docente estão pautadas no reconhecimento do estado democrático como princípio básico da ação educativa, ” afirma.

Há prioridade ”para a afirmação da identidade diversa da sociedade brasileira e paraense, visando inibir qualquer prática preconceituosa ou discriminatória", acrescenta Ana Hage.

Ação educativa - As Unidades Seduc na Escola (USEs) e Unidades Regionais de Educação (UREs) e as escolas, "são orientadas à prática da interdisciplinaridade na ação educativa, apontando como prioridade no processo educativo a formação plena do sujeito", ensina a titular da Diretoria de Educação Infantil e Fundamental (DEINF). São também orientadas, diz a diretora , "à contemplação da formação ética, cidadã e de convivência social com a diversidade, pautada nos quatro pilares da educação: aprender a ser; aprender a conviver; aprender a fazer; aprender a conhecer".

Voltada ao aprendizado da convivência com a diversidade, a educação escolar, afirma Ana Cláudia, "é o foco central do processo formativo humano, visando construir uma sociedade mais fraterna".

Ética e respeito - Neste processo, como os professores devem atuar para a promoção de boas práticas escolares visando à formação de crianças sem preconceitos e discriminações? Segundo Magali Sousa, da Diretoria de Ensino Médio, a Seduc promove “ações para incluir no projeto político pedagógico da escola referencial das leis que tratam sobre os temas". Para ela, os professores devem atuar "com ética e respeito ao aluno como um indivíduo em formação".

Amilton Sá Barretto informou ainda que a Seduc integra ações das Diretorias de Ensino Médio e Profissionalizante (DEMP), da de Educação, Diversidade, Inclusão e Cidadania (DEDIC), bem como das Coordenadorias de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) ed a Copir, para orientar sobre o processo de implantação do Ensino Médio pela Resolução 48, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O Fundo, diz Sá Barreto, "estabelece orientações, critérios e procedimentos para a transferência automática de recursos financeiros aos estados, municípios e Distrito Federal para manutenção de novas turmas de Educação de Jovens e Adultos".


Texto Celival Lobo

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