Negros e mulatos, que representam mais da metade da população brasileira, são
vítimas de 71,4% dos assassinatos no país, enquanto os homicídios entre
os indivíduos brancos foram reduzidos até 28,2%, informou nesta
quarta-feira o pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz, responsável pelo
estudo "Mapa da Violência 2013".
Nesta mais recente edição do estudo, o pesquisador do Centro Brasileiro
de Estudos Latino-americanos (CEBELA) ressaltou que o total de
homicídios aumentou de 45.997, em 2002, para 49.309, em 2011.
No entanto, segundo Waiselfisz, esse número abriga uma grande
disparidade. Em 2002, por exemplo, 26.952 negros e mulatos foram
assassinados, um número que subiu para 35.207 em 2011, enquanto as
mortes entre os brancos apresentaram uma redução de 18.867 para 13.895
no mesmo período.
Entre os jovens, as tendências são similares: os negros e mulatos
representam 76,9% dos homicídios, enquanto os brancos, em tendência
descendente, 22,8%.
O estudo em questão também compara os índices de mortandade do país com
os de outros 94 países, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.
Neste aspecto, o Brasil se situa como o sétimo país mais violento, com
uma taxa de 27,4 homicídios por cada 100 mil habitantes, uma proporção
que sobe para 54,8 homicídios entre os jovens (também sétimo).
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