EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Veja como foi a comemoração dos 23 anos da Fundação Cultural Palmares

Foto: Joceline Gomes / FCP
Rapper GOG dá show
Uma celebração à cultura afro-brasileira. Esta é a melhor definição para os shows que encerraram as comemorações do 23º aniversário da Fundação Cultural Palmares, na noite da última quinta-feira (18), no Teatro Nacional de Brasília. O rapper GOG abriu a festa com sucessos consagrados como “Brasil com P” e músicas inéditas do novo CD Negras Raízes, que será lançado em novembro, mês da Consciência Negra. 

Durante todo o show, Gog homenageou Abdias Nascimento e outros nomes que marcaram a história do movimento negro, incluindo a Fundação. “Me emocionei quando abri o folder da Palmares e vi Abdias, Leci e Gog na mesma página”, disse o rapper ao traçar uma linha do tempo do movimento negro no Brasil.  
Dois telões apresentavam intervenções audiovisuais, que ajudavam a compor o ambiente de protesto social das letras do “poeta do Rap nacional”. Gog emocionou a plateia ao convidar a cantora Marielhe Borges para cantar “Carta a Mãe África”, música onde parafraseia Elza Soares: “A carne mais barata do mercado é a negra”. 
Além da cantora Marielhe o rapper convidou Igor Melo e Máximo Mansur para cantar a inédita “África Tática”, escrita em parceria com o poeta Nelson Maca. A música fala sobre a influência da cultura africana no Brasil e da tática de sobrevivência dos negros que para cá vieram. 
Foto: Joceline Gomes / FCPFoto: Joceline Gomes / FCP
GOG apresenta seu mais novo CD – Negras Raízes
Foto: Joceline Gomes / FCPFoto: Joceline Gomes / FCP
Em parceria com Marilhe Borges, Máximo Mansur, Higo Melo
Samba de primeira – A cantora Leci Brandão levantou a plateia desde seus primeiros acordes. Vestida de rosa, homenageando a Mangueira, sua escola de samba de coração, a cantora abriu o show com a música “Hino de Exaltação a Mangueira”, porém não deixou de homenagear as outras escolas, cantando sambas-enredo da Portela e do Império Serrano. 
Convocou o público a ir para frente do palco e sambar com suas “canções afirmativas”. Apresentou apenas sambas de compositores negros e exaltou várias classes trabalhistas, entre eles os agentes culturais e professores. “Se há alguns anos os governantes tivessem se preocupado mais com a educação o cenário hoje seria outro”, enfatizou. 
Lembrou a importância de mulheres negras no samba e sua exclusão na mídia por seus estereótipos ao cantar sambas consagrados de Dona Ivone Lara e Jovelina Pérola Negra. Leci reiterou a importância do empoderamento da mulher negra e convidou as presentes a se engajarem nessa luta. 
Com 36 anos de carreira e uma vida de militância, a cantora lembrou com carinho da criação da FCP. “Estive presente na criação da Palmares e nunca imaginei que hoje estaria aqui, celebrando seus 23 anos”. 
Foto: Joceline Gomes / FCPFoto: Joceline Gomes / FCP
A cantora Leci Brandão com sua banda
Foto: Joceline Gomes / FCPFoto: Joceline Gomes / FCP
Vestida de rosa, a cantora homenageia a escola de samba Mangueira
Foto: Joceline Gomes / FCPFoto: Joceline Gomes / FCP
Leci convidou e a plateia foi para a frente do palco

Fonte: Palmares

Nenhum comentário:

Postar um comentário