Para ajudar na promoção do desenvolvimento
econômico e social e na melhoria de condições de vida nas comunidades
tradicionais da Amazônia, desde 2008 a Universidade Federal do Pará
(UFPA) mantem o curso de Etnodesenvolvimento, sediado no campus de
Altamira. A seleção que oferta 45 vagas para estudantes oriundos de
povos indígenas e de comunidades tradicionais, tais como ribeirinhos,
quilombolas, caboclos, agricultores familiares, camponeses e assentados,
começa no dia 13 de janeiro.
Os inscritos participarão de uma prova de língua portuguesa no
formato de redação e, em seguida, de entrevistas individuais que
acontecem na tarde do dia 13 e ao longo dos dias 14 e 15 de janeiro, em
Altamira.
Os povos indígenas e tradicionais têm enfrentado dificuldades na luta
pela terra, na garantia da sobrevivência e na sua afirmação como
cidadãos brasileiros, motivo suficiente para que vejam na educação uma
forma de buscar melhorias e garantir direitos. "Eles [povos indígenas e
tradicionais] não querem somente se habilitar, querem, também, trabalhar
para sua comunidade com essa qualificação", conta a professora e
antropóloga Jane Beltrão, uma das proponentes do curso.
De acordo com o projeto pedagógico do curso, os futuros licenciados e
bacharéis em Etnodesenvolvimento serão capazes de gerenciar propostas
sócio-político-culturais, de modo a superar os obstáculos das ações
cotidianas das comunidades indígenas e tradicionais, trabalhar em
agências governamentais, além de poder atuar como docentes, entre outras
competências. E, para isso, o curso foi organizado no eixo diversidade
cultural, que, por sua vez, foi dividido em oito núcleos: Sistemas de
Saúde; Desenvolvimento e Sustentabilidade; Educação; Direitos Humanos;
Sociedade e Meio Ambiente; Nação e Território; Identidades e Linguagens
Étnicas.
Texto: Assessoria de Comunicação da UFPA, com informações do Jornal Beira do Rio.
Foto: Alexandre Moraes
Foto: Alexandre Moraes
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