Universidade Federal do Pará
ICA/IFCH
Grupo de Estudos Afro-Amazônico
Programa de pesquisa Roda de Axé
Local: Auditório do CAPACIT
Data: 29/05/2013
Título: “Espaços de negritude no Pará”
Atividades:
A primeira atividade será a apresentação dos quilombolas aprovados que
estão estudando na UFPA, campus de Belém. Início 14:h.
14h30min as 15h45min.
Mesa: Quilombo como espaço de historia, memória luta e resistência.
Participantes: Luiza Betânia Alcântara, Raimundo Magno (estudantes de
Direito), Professora Zélia Amador de Deus (ICA) e Profª Luzia Gomes (do
ICA). Moderador: Arthur Leandro
16h00h as 17h00h
Mesa: Comunidades de Terreiros como espaço de luta e resistência
Participantes: Mameto Nangetu, Édson Catende e Profª Marilu Campelo (IFCH). Moderador: Luzia Gomes
Encerramento.
Apresentação: Este Work-shop se insere no Programa de pesquisa “Roda de Axé” do Grupo de Estudos Afro- amazônicos da UFPA - GEAM, particularmente no Projeto de extensão Entre o sagrado e o Profano: Artistas de terreiros tecendo teias, bordando histórias e memórias e na programação do GEAM para a comemoração do dia 25 de maio, Dia da África.
Coordenadora: Profª Zélia Amador de Deus.
Colaboradores: Profª Luzia Gomes Ferreira e Prof. Arthur Leandro.
Objetivos: Estabelecer contatos da comunidade acadêmica com os protagonistas estudiosos da questão quilombola e das religiões de matriz africana;
Apresentar à comunidade acadêmica os quilombolas que estão na UFPA, egressos do primeiro processo de seleção especial para comunidades quilombolas da UFPA.
Justificativa: A diáspora africana histórica no continente americano decorre do processo do colonialismo europeu, do tráfico transatlântico e do sistema de escravidão. As principais características que distinguem esta diáspora, como uma formação global, de outros grupos socialmente diferenciados, são as seguintes experiências históricas: migração e deslocamento geo-social: a circulação da população; opressão social: relações de dominação e subordinação; resistência; luta e ação política e cultural.
Desse modo, uma vez os africanos instalados em quaisquer dos continentes, por mais que suas tradições fossem represadas ou aniquiladas, pela cultura hegemônica, os descendentes de africanos davam início a um processo de criação, invenção e re-criação, da memória cultural para preservação dos laços mínimos de identidade, cooperação e solidariedade.
O processo de reelaboração da memória faz intervir não só na ordenação desses vestígios de africanismos, mas também em suas releituras, que na maioria dos países do continente americano estão presentes na cultura, mas que foram relegadas à estante do folclore e à estante da cultura popular. Mas, elas, as releituras estão presentes apesar disso, porque não se apagam memórias e não se eliminam culturas, senão a preço da destruição física daqueles que são seus portadores. A cultura é aqui entendida como processo que permite ao ser humano compreender sua experiência no mundo e conferir sentido à sua existência. Nesta rede de interação, as múltiplas culturas africanas que se espalharam pelo mundo, preservaram marcas visíveis dos traços africanos.
Dentre esses espaços, para efeito desta sessão, destaco os quilombos no Pará e as comunidades de terreiros de religião de matriz africanas.
Os primeiros como espaço de resistência e oposição ao sistema de escravidão imposto às colônias, no continente americano; o segundo como espaço de resistência dos africanos que ousaram desafiar a imposição do monoteísmo cristão e utilizou suas religiosidades como forma de recuperar a humanidade que lhes fora suprimida.
Assim, este Work-shop será composto de duas mesas, a saber: comunidades quilombolas, no Pará; e comunidades de terreiros.
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