EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

MANDELA - um exemplo para todas as gerações de todos os países



Data: 06/12/2013

A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da
República (SEPPIR/PR) lamenta o falecimento de Nelson Mandela, ocorrido
ontem, 05 de dezembro, aos 95 anos completados em junho, na cidade de
Pretória (África do Sul).

Madiba - apelido de Nelson Mandela, um homem à frente do seu tempo e da história
Mandela é reconhecidamente uma das mais importantes lideranças na luta contra o
apartheid em seu país, onde se tornou o primeiro presidente negro, nas eleições de 1994. A
luta contra o racismo está para sempre vinculada à militância antiapartheid do primeiro
presidente negro da África do Sul.

Sequelas - Desde dezembro de 2012, Mandela havia sido internado em quatro ocasiões,
vítima das recorrentes infecções pulmonares que sofria há muitos anos, relacionadas às
sequelas da tuberculose contraída durante o tempo em que esteve encarcerado na ilha de
Robben, onde passou 18 dos 27 anos de prisão sob o regime racista do apartheid. Nascido
numa pequena vila chamada ‘Qunu’ e formado em Direito, “Madiba” se tornou não só um
importante líder político, mas verdadeiramente um heroi em seu país.

Tragetória - Ainda estudante, ele se opôs fortemente ao regime de segregação racial que existiu na África do Sul e obrigava os negros a viverem separados dos brancos (este é o significado da palavra apartheid, “vidas separadas”) – sendo que os políticos brancos não só controlavam o poder, como negavam ao restante da população vários direitos políticos, econômicos e sociais. Em 1942, aos 24 anos, Mandela ingressou no Congresso Nacional Africano (CNA), movimento que fazia oposição ao apartheid. Dois anos depois, participou da fundação da Liga Jovem do CNA.

O Massacre de Sharpeville - Nos anos 50, ele participou da divulgação da famosa Carta
da Liberdade, documento que propunha um programa para o fim do regime
segregacionista. Mandela defendeu a luta pacífica contra o apartheid até 21 de março de
1960, data do episódio que ficou para sempre conhecido como “O Massacre de
Sharpeville”, quando policiais sul-africanos mataram 69 pessoas negras que faziam
manifestação pacífica contra a chamada Lei do Passe, que obrigava os negros a portarem
uma caderneta na qual estava escrito onde eles podiam transitar. Depois do massacre,
passou a defender a luta armada.

Mandela e a SEPPIR - 21 de março - acabou se tornando uma data importante para o mundo inteiro, um marco na luta contra o racismo, e não por acaso foi a data escolhida para a criação da SEPPIR, em 2003. Também foi a data escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para celebrar anualmente o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial.

Cárcere - Em 1961, um ano após o massacre, Mandela se tornou comandante do braço
armado do CNA, conhecido como Lança da Nação, sendo preso em 1962 e condenado a
cinco anos por motivos como “incentivo a greves” e “viagem ao exterior sem autorização”.
Em 1964, foi julgado novamente e condenado à prisão perpétua por planejar ações
armadas. Mandela viveu encarcerado de 1964 até 1990, tempo em que consolidou sua
imagem como símbolo da luta antiapartheid na África do Sul.

Pressão internacional - Sua prisão não impediu que ele estimulasse a luta pelo fim da
segregação racial e, mesmo na cadeia, Mandela passou a receber ainda mais apoio de vários
segmentos sociais e governos do mundo todo. Com a pressão internacional, o então
presidente da África do Sul, Frederik de Klerk, solicitou, em 11 de fevereiro de 1990, sua
libertação e a retirada da ilegalidade do CNA. Os dois viriam a dividir o Prêmio Nobel da
Paz, em 1993, pelos esforços em acabar com a segregação racial na África do Sul.

Mandela’s Day - Desde 2010, celebra-se em seu aniversário, 18 de julho, o Dia
Internacional de Nelson Mandela (Mandela’s Day). A data foi definida pela Assembleia
Geral da ONU como homenagem por sua luta. Entre outros trabalhos, Nelson Mandela
deixou publicados os livros Nelson Mandela - A Luta da minha vida (1989),
Conversas que tive comigo (2010) e Vencer é Possível (1998).

Coordenação de Comunicação da SEPPIR

Nenhum comentário:

Postar um comentário