Plenário da Câmara Municipal de Belém |
O sociólogo Tony Vilhena representou a Copir na sessão especial da Câmara Municipal de Belém em homenagem ao Dia Municipal da Umbanda e dos Cultos Afro-brasileiros (18 de março).
Esta data homenageia a sacerdotisa conhecida saudosamente como Mãe Doca, que no registro civil era Rosa Viveiros e no religioso era chamada de Nochê Navanakoly. Vinda de Codó, no Maranhão, Mãe Doca inaugurou no ano de 1891 o Terreiro de Tambor de Mina em Belém, enfrentando valorosamente todas as perseguições religiosas e o racismo de uma sociedade que recentemente havia decretado o fim da escravidão e aderido à República.
Nas falas das autoridades políticas, das representações civis e de sacerdotes e sacerdotisas afro-religiosas foi denunciada a existência ainda hoje de perseguições às práticas de religiões de matrizes africanas. Inclusive, sendo as escolas espaços que produzem a segregação de alunos que revelam sua religião de matriz africana, enquanto deveria ser um lugar de aprendizado para o convívio com as diferenças.
No encerramento, terreiros, associações e organizações afro-religiosas foram também homenageadas ao som de músicas que contagiaram a plenária na força vital, no "axé" e no compromisso dos valores ancestrais e civilizatórios das religiões afro-brasileiras.
Texto e foto: Tony Vilhena
Nenhum comentário:
Postar um comentário