
O historiador Vinicius Darlan
Já não é mais novidade o compromisso de escolas escolas “Ademar de
Vasconcelos” de Salvaterra e “Gasparino Batista” de Soure com uma
Educação voltada para as Relações Étnico-Raciais na ilha do Marajó. As
duas instituições uniram forças com o propósito de mudar o olhar e o
agir dos jovens sobre as diferenças de cor de pele, gênero, religiosa e
ideológica.
O ano de 2012 foi tão produtivo para estas duas escolas, que o
reconhecimento da Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), para o ano de
2013, virá em recurso financeiro para a continuidade do projeto
pedagógico que virou referência, e visa promover a superação do racismo
no ambiente escolar.

Outro importante reconhecimento foi a escolha do Prof. Esp. Vinícius
Darlan, coordenador do projeto nestas duas escolas, para contribuir com a
equipe de facilitadores da Coordenadoria de Educação para a Promoção da
Igualdade Racial (COPIR/SEDUC) no Programa de Formação Continuada de
Professores, o “AFROPARÁ” idealizado pelo Prof. Amilton Sá Barretto,
coordenador da COPIR, com suporte pedagógico do Professor Tony Vilhena.
Vinícius
Darlan, que é historiador, também foi convocado para participar do
processo de validação do material de apoio pedagógico integrante do
Projeto Brasil/África: Histórias Cruzadas da UNESCO – Ensino Fundamental
II, com apoio do MEC/SECADI e coordenado pelo Programa Ações
Afirmativas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Esse
processo contribuirá para análise crítica e aperfeiçoamento do material
que em breve estará nas escolas de todo o Brasil, e tem como principal
fonte os 08 volumes da coleção
História Geral da África,
financiada pela UNESCO, e com tradução para o português financiada pelo
MEC. As obras visam ampliar o universo sociocultural, e a partir daí
promover o exercício da tolerância e eliminar toda e qualquer forma de
perseguição sócio-política.
“A educação das relações étnico-raciais deverá ser um dos eixos
estruturantes do projeto político pedagógico e do currículo das escolas,
e isto além de um dever de lei, é um dever moral.” afirma Vinícius
Darlan. Os caminhos para as ações de educação para as relações
étnico-raciais, em 2013, já começam a ser trilhados com uma tendência
natural e necessária à interdisciplinaridade, e envolvimento cada vez
maior da comunidade, nestas escolas. A culminância da validação ocorrerá
nesta terça feira, 05 de fevereiro, numa tele-conferência com a
participação de professores de outros estados e representantes da UNESCO
e do MEC.
Fonte:
Dário Pedrosa