EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Alunos e Professores de escolas públicas assistiram ao Espetáculo “Erê” - Bando de Teatro Olodum






      A tarde de segunda-feira, dia 29 de abril/2019, foi de teatro para as alunas, alunos, professoras e professores da rede púbica da região metropolitana de Belém. A convite da Secretaria de Cultura - SECULT, a Secretaria de Educação do Estado do Pará - SEDUC, por meio da Coordenadoria de Educação para Promoção da Igualdade Racial – COPIR, viabilizou acompanhamento e acolhimento dos convidados acima citados das escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio para assistirem ao Espetáculo Erê no palco do Teatro da Paz, com entrada gratuita e classificação livre.

      Pela primeira vez se apresentou no Pará o Bando de Teatro Olodum. Inicialmente para um público de 336 convidados entre alunas(os) e professoras(es), contemplando as escolas: EEEFM JOAQUIM VIANA (45), EEIEFM ESPECIAL BRIGADEIRO FONTENELLE (100), EEEM ALEXANDRE ZACARIAS DE ASSUNCAO (50), EEEFM WALDEMAR HENRIQUE – CAIC (30), EEEF PROFESSORA MARLUCE PACHECO DIAS (48) e EEEFM MANOEL LEITE CARNEIRO (63).

                            






     A atividade se insere no campo educacional por meio da pauta de políticas afirmativas do governo federal, Lei 10.639/03 e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no currículo da educação básica.   
     A peça tem concepção geral do ator Lázaro Ramos, ator convidado Rui Manthur, direção de Fernanda Júlia e Zebrinha (que também assina a coreografia), dramaturgia de Daniel Arcades e produção de Fábio de Sntana, direção musical de Jarbas Binttencourt, serviço de acessibilidade comunicacional de Iracema Vilaronga e Ednaldo Gonçalves.
     O espetáculo foi montado em 2015 para celebrar os 25 anos de criação do Bando de Teatro Olodum, como ato de denúncia das chacinas, do genocídio da juventude, em diversos lugares do Brasil. Segundo Fábio Santana (produtor)  a circulação do espetáculo possibilita a oportunidade de ouvir novas vozes contra a violência e de sensibilizar outras mentes para a busca de soluções, considerando diversos espaços sociais como o teatro e as escolas com vistas a combater ao racismo e a toda sorte de discriminações. 






    O diretor Antônio Carlos da EEEFM Joaquim Viana De Ananindeua, ressaltou a importância de os alunos participarem do espetáculo seguido de roda de conversa com os atores em cena, o qual destacou ser um momento ímpar, em que os alunos não serão mais os mesmos após a visita ao teatro. Da atuação da COPIR/SAEN/SEDUC como coordenadoria voltada a formação continuada destinada aos professores e atividades com os alunos direcionadas a temática da diversidade, ações que ajudam a implementação da discussão do racismo no currículo escolar, destacou suas contribuições na área. Finalizou sua fala com agradecimento expressivo junto à Secretaria de Educação, em especial a secretária Professora Leila Freire.







      Para o aluno Vinícius da escola acima citada, quanto ao espetáculo diz: no início essa apresentação já tocava na gente, pois ela mostrava essencialmente como os negros sofrem na sociedade, principalmente na questão da violência...mostra a parte mais dura, a parte mais difícil do que é ser negro nessa sociedade, a opressão, não só a opressão mais também... a nossa vontade de querer ser escutado. Então o conjunto dessa obra me fez pensar por que não pensar a sociedade de forma contrária, além de ódio por que não pregamos o amor?...é isso que eu quero fazer, quero sair daqui com base nesse espetáculo e levar o amor.
                               

                                

         

          


Texto: Simone Araújo/SEDUC/COPIR

Fotografia: Sandro Barbosa

Um comentário: