EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

terça-feira, 26 de julho de 2016

Mulheres negras marcham em Belém

Pronunciamento da professora Zélia Amador
O dia 25 de julho celebra o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha. A data foi criada em 25 de julho de 1992, durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana, como marco internacional da luta e da resistência da mulher negra.
No Brasil, a data também é nacional, foi instituída por uma Lei de 2014, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
Em Belém, após intensa mobilização pelas redes sociais organizada pelo Cedenpa - Centro de Estudo, mulheres de diversos movimentos sociais protagonizaram a primeira Marcha das Mulheres Negras, em alusão ao 25 de julho, garantindo grande visibilidade para suas reivindicações e marcando a data na agenda de lutas.
A passeata saiu da Escadinha do Ver-o-Peso rumo à Praça da República, subindo pela Av. Presidente Vargas. Na Praça, o Cedenpa mantém um quiosque denominado Quilombo da República, que é ponto de referência de produção e compartilhamento de cultura negra.
Durante todo o trajeto, mulheres se revezaram no microfone denunciando o machismo e as diferentes formas violência contra as mulheres que se reproduzem diariamente na sociedade, além de entoarem músicas e palavras de ordem sobre seu empoderamento. A doutora Zélia Amador de Deus em seu pronunciamento afirmou que "a luta e resistência tem sido a marca das mulheres negras latino-americanas e caribenhas", considerando que diante do contexto atual a "resistência" tem que ser redobrada para garantir que as mulheres continuem "em marcha sempre".

Veja também o artigo "A mulher negra é a maior vítima de violência no Brasil" 

Texto e foto: Tony Vilhena
Com informações da EBC Radioagência Nacional

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