EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Consciência Negra na escola Francisco Nunes

Exposição de cartazes
A Escola Municipal Professor Francisco da Silva Nunes, localizada no bairro do Guamá, Belém/PA, realizou no dia 29 de novembro uma programação especial em celebração à Consciência Negra.
A escola expôs em murais personalidades negras com destaque na política, ciência, educação, arte e esportes. A ambientação da escola também contou com cartazes elaborados pelos estudantes que faziam referência à luta contra o racismo e demonstravam a diversidade e a riqueza das contribuições das populações negras para a formação da sociedade brasileira.
Na mostra de documentários, o curta-metragem Pode me chamar de Nadí buscou sensibilizar a comunidade escolar para enfrentar as manifestações de racismo nas relações interpessoais, mesmo aquelas que surgem em forma de "brincadeiras", apelidos depreciativos e ofensas, além de elevar a autoestima de alunos/as negros/as.


A expositora convidada professora Giovana dos Anjos abordou questões conceituais de racismo e gênero, enfatizando a necessidade de cada indivíduo perceber "onde guarda seu racismo" para poder lançá-lo fora. Para a professora Giovana dos Anjos o dia da consciência negra deve ser todos os dias.


Já o professor Tony Vilhena, representante da Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial (Copir/Seduc), argumentou que ninguém nasce racista, sendo o racismo ensinado e aprendido de diversas formas. Sendo que assim como aprendemos a ser racistas, podemos e devemos aprender e ensinar a lutar contra o racismo e todas as formas de preconceitos.

Mc Alan Pelé encerrou o evento falando de suas experiências enquanto jovem negro e morador da periferia de Belém. Analisou como o racismo se manifesta institucionalmente, principalmente marginalização das políticas do Estado e na atuação de seu aparelho policial. Mc Pelé ainda cantou seu hip-hop que reflete a realidade da juventude das periferias, animando toda a plateia.

Texto: Tony Vilhena para Copir

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