Quarenta e oito professores das escolas estaduais localizadas
no bairro do Tapanã e Benguí participaram da aula inaugural do projeto
"Afro Pará na Modalidade a Distância – Educação para a Igualdade Racial
História e Cultura Afro-brasileira e Amazônica", realizada na manhã
desta terça-feira, 15, e que mostrou o passo a passo da navegação na
E-Proinfo, plataforma de aprendizado do Ministério da Educação que será
utilizada no projeto, desenvolvido na modalidade a distância. A
atividade foi realizada no auditório da sede da Seduc.
O projeto é
executado desde 2011, na modalidade presencial, pela Secretaria de
Estado de Educação, por meio da Coordenadoria de Educação para a
Promoção da Igualdade Racial (Copir), como uma proposta de formação
continuada para que os professores da rede estadual possam incluir no
conteúdo programático da educação básica o ensino da história e cultura
afro-brasileira.
Solicitada pela Unidade da Seduc na Escola (USE
10) para que os professores possam trabalhar a temática dentro do plano
político pedagógico das escolas, a aula inaugural do projeto teve a
presença de representantes da Diretoria de Ensino Fundamental e Infantil
(Deinf), da Secretaria Adjunta de Ensino (Saen) e do Centro de Formação
de Profissionais da Educação Básica do Estado do Pará (Cefor).
De
acordo com a coordenadora da Copir, Creuza Barbosa, a plataforma
digital E-Proinfo possibilitará que mais educadores tenham acesso ao
curso a distância. “Com esta plataforma, a ideia é que o curso possa
abranger mais professores, já que a Seduc possui uma rede bem extensa
que fisicamente não pode ser atendida em sua totalidade. Agora, os
professores poderão participar do curso em casa ou na escola”, disse.
Ela
destacou ainda a importância de se trabalhar a igualdade racial em
âmbito escolar. “Esse é um problema de toda a sociedade, e a escola tem o
compromisso social de minimizar o questão do impacto do racismo, que
dificulta o aprendizado. Então o professor consciente desta temática terá
condições de fazer a intervenção didática pedagógica para melhorar a
qualidade de vida, tanto do aluno como da escola como um todo”,
concluiu.
Segundo o gestor da USE 10, Luiz Otávio Cardoso, as
formações continuadas são importantes para orientar os educadores a
colocarem em prática a Lei Federal nº 10.639/03, que torna obrigatório o
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas de Ensino
Fundamental e Médio. “A ideia é quebrar os preconceitos e implementar a
conquista dos negros e o resgate a identidade negra em nossas escolas”,
declarou.
Julie Rocha
Secretaria de Estado de Educação
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