A presidente Dilma Rousseff assinou, na
quarta-feira (16), a Lei 12.644 que decreta o Dia Nacional da Umbanda, a
ser comemorado anualmente, em 15 de novembro. A decisão foi publicada
no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 17 de maio.
O documento foi sancionado a partir do
Projeto de Lei da Câmara nº 187 de 2010, que propõe em sua
justificativa, o direito constitucional à liberdade de crença e o livre
exercício dos cultos religiosos, conforme o inciso VI do art. 5º da
Constituição. Além de defender a valorização, a origem e a difusão da
religião umbandista no país por tratar-se de uma religião genuinamente
brasileira.
15 de novembro - A data
já consagrada à comemoração da umbanda em diversos municípios
brasileiros, refere-se ao ano de 1908, em que o médium Zélio Fernandino
de Moraes recebeu, em Niterói, a missão de fundar o novo culto.
Zélio foi acometido por uma inexplicável
paralisia que os médicos não conseguiam conter, logo em seguida
levantou-se normalmente e voltou a caminhar como se nada tivesse
acontecido. Na ocasião, um amigo da família sugeriu uma visita a
Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro, onde por meio de uma
manifestação espírita de uma entidade denominada Caboclo das Sete
Encruzilhadas foi anunciada a fundação de uma nova religião no Brasil.
A religião dos ancestrais dos velhos
africanos apregoa o trabalho em benefício de todos, independente de cor,
raça, credo e condição social, pela prática da caridade e da literatura
do evangelho de Jesus.
A umbanda expressa vivamente seu caráter
nacional, juntamente com suas raízes africanas, nas manifestações
culturais, que incorporam a música e a dança. Valeu-se de elementos
católicos, espíritas, do candomblé e de outras tradições místicas, para
criar uma doutrina que, em seu universo, afirma a existência de um Deus
supremo e a possibilidade de comunicação com os espíritos dos mortos.
Link para a Lei 12.644
Diário oficial da União
Por Denise Porfírio
Fonte: Palmares
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