EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Escola de Vila Forquilha, em Tomé-Açu, promove diversidade étnico-racial

No dia 20 de novembro, no Brasil, comemora-se o Dia da Consciência Negra que marca o dia da morte de Zumbi dos Palmares, líder negro. Sua morte que  ocorreu em 1695, após anos defendendo o Quilombo de Palmares de expedições que pretendiam escravizar, novamente, os negros que conseguiram fugir.
Ninguém nasce preconceituoso, as pessoas se tornam preconceituosas e a escola, que é um lugar privilegiado de aprendizado, tem que “desconstruir” os preconceitos, entre eles, o racial. No dia 28 de novembro de 2118 a comunidade, professores e alunos da Escola Francisco Portilho, na Vila Forquilha em Tomé-Açu/Pa, debateram a temática  diversidade cultural e o preconceito racial com uma didática diferente e bastante interessante.
Ao logo da semana alunos e professores em forma de puxirum (mutirão) transformaram algumas salas de aula retirando azulejos quebrados, lixando as paredes,  pintando e lavando as mesma com água e sabão ( limpando também a intolerância). Depois de tudo isso, começou processo de pintura (arte) das paredes como a temática do preconceito racial. As pinturas ficaram a cargo exclusivamente dos alunos, eles deram asas às suas imaginações e extravasaram suas repulsas ao preconceito. Os trabalhos ficaram maravilhosos quer porque expressaram  seus sentimentos dizendo não ao racismo, quer pela beleza da arte. A educação naqueles dias tornou-se uma ação coletiva onde no ensinar também se aprende. Que lição seus alunos deram a nós, seus mestres!
Por um certo período nossos alunos deixaram seus terçados e suas enxadas (são alunos da zona rural) substituindo-os por pinceis e tintas. O labor (trabalho pesado) deu lugar a poiesis (poesia). Fica provado que um quadro, um pincel (ou giz), uma sala fechada (muitas vezes quente demais) não é o melhor local de aprendizagem
A culminância da discussão da temática racial deu-se na própria escola, à noite onde todo o corpo discente, docente e a comunidade se fez presente em massa. Houve palestra, danças com raízes africanas, desfiles, participação de povos indígenas e visitação às artes criadas pelos alunos. Depois dessa atividade a questão racial será vista de outra forma. Todos em um gesto simbólico e coletivo disseram não ao preconceito. Despertou também em todos (especialmente nos alunos) a ideia de pertencimento em relação a escola onde estudam, simbolizada numa frase que ouvir de um aluno: “Eu não vou deixar que ninguém risque esta sala que ficou tão bonita”.

Professor Valdivino Cunha da Silva



5 comentários:

  1. Parabéns a Seduc/copir que estimula acoes de combate ao preconceito

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  2. O Dia da Consciência Negra, em Forquilha, foi produtiva e com ações afirmativas. Parabenizo todos pelo empenho, dedicação e responsabilidade. Excelente, mesmo!

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  3. A luta contra o preconceito deve ser tema constante nos espaços das escolas.Parabenizo a iniciativa dos professores e alunos da escola da comunidade da Forquilha,com essa excelente atividade pedagógica que é importante para a sociedade.viva!! Aos professores do SOME.

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  4. Parabéns Tomé Açu,professores e alunos da escola pela iniciativa

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