No dia 20 de novembro, a Associação dos Remanescentes Quilombolas da Comunidade do Torres (ARQUIT) promoveu o II Seminário Municipal sobre Equidade Racial. A COPIR/SEDUC foi representada pelo sociólogo Tony Vilhena, que palestrou sobre políticas educacionais para comunidades quilombolas e apresentou os encaminhamentos da Audiência Pública ocorrida no dia 10 de setembro naquela localidade.
Zé Maria "Tigrita", secretário da ARQUIT, apresentou o histórico da comunidade, desde a formação do quilombo de Jurussaca até os dias de hoje, chamando atenção para a conquista da certificação da Fundação Cultural Palmares. Em seguida, o presidente Antônio de Jesus do Rosário falou da importância de garantir a atividade comunitária pela segunda vez (a primeira foi em 2015).
Uma turma do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Lina Seffer, de Nova Esperança do Piriá, participou do evento. A professora de biologia Débora Mendes, que junto com o professor Narson Silva e a professora de química Gilcicléia Cunha, considera ser importante envolver os estudantes em pesquisas sobre a diversidade étnico-racial. "Os alunos ao visitarem uma comunidade quilombola tem a oportunidade de aprender sobre as lutas, a força, a resistência e as conquistas das populações negras", observou Mendes. Já para a estudante Laura Fábia, "a experiência foi muito boa, porque agregou bastante conhecimento sobre sobre comunidades quilombolas e consciência negra, conhecendo a história da grande participação do negro na história do Brasil".
A programação que durou todo o dia contou com as participações da professora Roseane Lima (diretora da Faculdade de História da UFPA/Bragança), que fez a abertura com uma exposição tocante sobre a conjuntura política brasileira e a história do negro no Brasil e na Amazônia; da professora Cristiana Chaves, que falou sobre estética negra, feminismo e articulação política das mulheres; do poeta Clei de Sousa, que recitou versos para afirmação da negritude, principalmente do poeta Bruno de Menezes; do professor Antônio Pinheiro, que apresentou sua obra narrativa da história de Tracuateua; do historiador Ketno Lucas, que palestrou sobre os conceitos de raça e de direitos; do professor Augusto Leal, que ministrou oficina sobre a capoeira, ritmos e línguas africanas; e do professor Danilo Asp, que apresentou dois documentários sobre os quilombos de Tracuateua.
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