Da Redação
Agência Pará de Notícias
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Moradores da comunidade Santana do Arari, em Ponta de Pedras, no Marajó, receberam ações de saúde e cidadania nesta segunda-feira (27)
O pescador Sidney Juvenal da Silva, 49 anos, hipertenso, cardíaco e diabético, recebeu medicamentos da equipe do Pro Paz
O Pro Paz Cidadania Presença Viva combate o subregistro com a emissão de documentos como a carteira de identidade e a certidão de nascimento
A dona-de-casa Gicele Ferreira dos Santos aproveitou a presença dos profissionais do Pro Paz e garantiu a certidão de nascimento da filha, Nicole
Entre as inúmeras expectativas da comunidade, os atendimentos de saúde foram os mais esperados. “Identificamos que jovens e idosos sofrem com problemas cardíacos e com hipertensão. Os jovens, devido à doença ser hereditária, e os adultos, porque se alimentam com comidas muito salgadas.
A comunidade estava muito carente desta ação”, destacou o agente municipal de saúde Haroldo Vieira Ferreira.
Segundo Haroldo, o sal é um vilão presente na cozinha de comunidades distantes, pois é usado para conservar alimentos, já que a energia elétrica é deficitária. O pescador Sidney Juvenal da Silva, 49, é hipertenso, cardíaco e diabético. Consumidor de alimentos salgados, ele acredita que a doença é hereditária, mas que a alimentação influenciou na sua complicação.
“Já fiz alguns exames em Ponta de Pedras e Belém, mas o acompanhamento de minha doença é muito difícil. Para conseguir uma consulta temos que amanhecer nas filas e pagar passagens. Não temos dinheiro nem para comprar os remédios, que dirá ficar se deslocando”, desabafou Sidney.
Cidadania – Concomitante aos atendimentos médicos e sociais, servidores da Polícia Civil, Defensoria Pública, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) trabalhavam empenhados em emitir aos moradores de Santana do Arari documentos que são de direitos garantidos por lei, sensibilizando-os de sua importância para inseri-los em políticas públicas.
“A Seas veio até a comunidade de Santana para combater o subregistro e emitir as primeiras e segundas vias da certidão de nascimento. Para fazer este trabalho, trouxemos duas assistentes sociais e uma psicóloga para fazer o atendimento destas famílias”, explicou a gerente da Seas, Isouda Louchard.
Foi o caso da pequena Nicole Ferreira, que esperou três anos para ter seu registro de nascimento. A mãe, Giceli Ferreira dos Santos, justificou que o registro da filha não saiu antes porque o avô queria registrar a neta e beneficiá-las com direitos previdenciários. “Esperei meu pais durante três anos e ele não registrou a Nicole, então decidi que não ia mais esperar, precisava tirar o documento da minha filha”, frisou. O registro civil é garantido por lei e é gratuito para crianças de zero a onze anos incompletos.
O Pro Paz Cidadania Presença Viva concentrou seus serviços em Santana do Arari, mas recebeu moradores das comunidades Santa Maria, Tartaruguinha, Porto Santo, Crairú, Ipauaçú, Guajará, Lanraheira, Fábrica e Curral Panema. Nesta terça-feira (28) a equipe segue para o município de Muaná.
Texto:
Cora Coralina - Secom
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