Foto: Rodrigo Sávio |
Após o encontro, o conselho voltou a reunir-se para a cerimônia de posse dos novos conselheiros. Na ocasião, estavam presentes representantes de comunidades quilombolas, membros de religiões afro-descendentes, e de outras representatividades da população negra. O momento serviu para que os conselheiros pudessem conhecer melhor o papel do Conselho, e sua representatividade perante a sociedade. Após a exposição de opiniões dentro da ótica das comunidades negras.
Diversos representantes se pronunciaram no evento, dentre eles, a atriz Ieié Porto. Servidora do instituto de Artes do Pará (Iap), a atriz, de cor clara, disse ter entrado na luta pelos negros, quando sua filha sofreu preconceito. A filha de Ieié, que é negra, foi descriminada e desrespeitada algumas vezes por causa da tonalidade da pele. “Apesar de ser branca, já senti na pele o que é descriminação e pré-conceito”, explicou Ieié.
Dentre os itens expostos pela presidência e vice-presidência, alguns foram de grande destaque, como: “Zelar pelo pleno e total desenvolvimento das atribuições do Coneppir”; e “Apresentar propostas de recomendações ou resoluções sobre assuntos relativos à política de promoção de igualdade racial”. A partir desses, de e outros pontos que foram apresentados aos conselheiros, muitos expuseram suas opiniões e relataram os próprios sentimentos.
“Se a gente que mora na cidade já sente as dificuldades e o preconceito, imagina o povo que vive dentro de uma mata” disse Oneide Monteiro, Sacerdotiza de religião afro, se referindo as comunidades quilombolas que vivem distante dos centros urbanos. Concordando, o líder da comunidade quilombola de Baixinhas do município de Baião, falou da pressão econômica que as comunidades quilombolas sofrem e da perda da identidade cultural. “As pessoas estão esquecendo da cultura quilombola”, ressaltou o líder.
Por fim, a vice-presidente do Coneppir, Biane Sanches, disse que a retomada desse processo de discussão de políticas públicas é muito importante, e que acredita muito no conselho e no plano estadual da igualdade racial. A cerimônia de posse dos 66 novos conselheiros ocorreu no auditório Alberto Seguin, da Sejudh. O evento seguiu com apresentações culturais no hall da Secretaria. “Sou um instrumento dos conselhos nesta secretaria, e pretendo contribuir de forma positiva para o interesse de todos. Nós (servidores da Sejudh) temos boa vontade e coragem”, afirmou o Secretário de Justiça e Direitos Humanos, Brasil Júnior.
Fonte: Vandson Batalha – Ascom Sejudh
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