Momento de entrega dos certificados |
De 09 a 11 de
novembro de 2015, a pedagoga Carla Reis e o sociólogo Tony Vilhena desenvolveram
a formação do Projeto Educação,
Etnicidade e Desenvolvimento: Fortalecimento de Negros e Negras Quilombolas na
Educação Básica pela Coordenadoria de
Educação para a Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Estado de
Educação do Pará (COPIR/SEDUC), em parceria com a Coordenação de Educação do
Campo da Secretaria Municipal de Educação e Comunidade Quilombola de São José, no município de Acará/PA.
Participaram 35 profissionais da
educação das Comunidades Quilombolas de São José, Monte Alegre, Trindade, Flechal,
Itacoã-Miri, Cruzeirinho e Guajará-Miri. Na oportunidade, foi realizada uma avaliação (veja
quadro abaixo) que aponta os avanços e as limitações da implementação da Educação
Escolar Quilombola nestes territórios e estudos de textos técnicos.
Também foram realizadas oficinas
com os estudantes das escolas “Castelo Branco”, da Comunidade de Monte Alegre,
e “Santa Rita II”, da Comunidade de São José. A ênfase das oficinas era
reforçar os aspectos da beleza negra, a defesa da identidade de seus “traços fenotípicos”
(cor da pele, formatos do rosto, textura do cabelo, etc.) frente aos constantes
ataques raciais que impõem o padrão de beleza associado somente às características
das pessoas brancas.
QUILOMBOLÊ
Professoras Rosiane Galiza e Mônica Queiroz |
Na escola "Santa Rita II" existe o Projeto Quilombolê, que surgiu diante da dificuldade de leitura e reserva as primeiras horas do dia letivo para inserção de literatura que reforcem as identidades quilombolas. Para a professora quilombola Mônica Queiroz, "primeiro devemos falar de nossas histórias, onde a fonte é a própria comunidade, ouvindo as pessoas idosas, usando os recursos da oralidade, resgatando culturas antigas que estavam se perdendo".
QUILOMBOLETRANDO
Professoras Shirley Miranda e Rutecléia Souza |
Na escola "Castelo Branco", após reuniões da hora-pedagógica (HP), chegou a conclusão sobre a necessidade de um ação que juntasse os objetivos do currículo com a realidade da comunidade. Assim nasceu o Projeto Quilomboletrando. Segundo a professora quilombola Rutecléia Souza, o projeto se consolidou por "combater a desvalorização dos costumes e mitos locais e por valorizar a beleza negra, incluindo oficinas de tranças, por exemplo".
Mais fotos
Professora Carla Reis fala na abertura do evento |
Crianças da escola "Castelo Branco" |
Crianças da escola "Castelo Branco" |
Crianças da escola "Santa Rita II" |
Crianças da escola "Santa Rita II" |
Crianças da escola "Santa Rita II" |
Texto e fotos: Carla Reis e Tony Vilhena
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