EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Seminário para elaboração de conteúdos de educação para relações étnico-raciais


As políticas de ações afirmativas de inclusão, reconhecimento e reparação das populações negras são consequências de lutas lideradas pelo Movimento Negro em articulação com outros coletivos sociais do cenário regional, nacional e internacional, com o propósito de desconstruir o mito da democracia racial e constituir um novo projeto de sociedade. Entre estas políticas destacamos por sua relevância, a Lei 10.639/03, que alterou a Lei 9.394/96 que dispõe sobre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, estabelecendo a obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, nos Art. 26, 26 A e 79 B.
O Seminário para elaboração de conteúdos de educação para relações étnico-raciais na Educação Básica: as interfaces da cultura afro-brasileira e africana no currículo escolar, a ocorrer nos dias 25 e 26 de novembro, no IFPA/Campus Belém, foi formulado com o intento de propiciar um encontro entre os/as profissionais da educação afim de refletir, discutir, partilhar e construir conhecimentos relativos às questões dos conteúdos formativos para a educação das relações étnico-raciais, destacando as práticas pedagógicas e os componentes curriculares, tendo em vista atividades, posturas, sugestões de abordagens e características que os gestores, técnicos e docentes podem assumir junto ao contexto escolar, por ser dotado de processos educativos produzidos nas experiências e no pensar sobre o vivido, nas relações com a família, a comunidade, prática docente e no contato com a mídia. Neste sentido, se faz imprescindível a realização deste seminário, ampliando o foco do currículo para a (re)construção da cidadania dos brasileiros, respeitando sua pluralidade étnica e cultural por meio da educação.
O Seminário promoverá a reflexão e o debate entre os/as profissionais da educação em pleno mês da consciência negra, celebrado em novembro, com a carga horária de 16 horas, contando com mesa redonda com palestrantes referências na temática e oficinas rumo à plenária geral, a fim de apresentar diretrizes que irão compor o Documento Base norteador do currículo da Educação Básica do Pará.

Serviço
Data: 25 e 26 de novembro de 2015
Local: Auditório do Instituto Federal do Pará - IFPA / Campus Belém
Endereço: Av. Alm. Barroso, 1155 - Marco, Belém - PA, 66093-020.
Inscrições e credenciamento: No local do evento
Informações: (91) 3201-5157/ copirseduc@gmail.com

I Seminário Violências contra as mulheres: uma discussão sobre saúde, direitos e enfrentamento


Especialização em Educação para Relações Etnicorraciais no IFPA



A Direção Geral do Campus Belém do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, através da Coordenação do Curso de Especialização em Educação para Relações Etnicorraciais, com o objetivo de realizar a formação continuada de professores da Rede de Educação Básica,em atendimento às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, em consonância com a Lei nº 10.639/2003, lança Edital de Chamada Pública no Campus Belém para o Curso de Especialização em Educação para Relações Etnicorraciais.

1. VAGAS Serão ofertadas 40 (quarenta) vagas.
1.1 Poderão inscrever-se candidatos nas seguintes condições:
a) Professores e Técnicos Administrativos do IFPA;
b) Professores da Rede Pública de Ensino;
c) Egressos dos Cursos de Formação de Professores oriundos de Instituição de Ensino Superior, com Curso devidamente autorizado, reconhecido e credenciado pelo Ministério da Educação;

 LEIA O EDITAL COMPLETO AQUI

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Roteiros para o ensino de filosofia africana e afrodiaspórica Leia a matéria completa em: Roteiros para o ensino de filosofia africana e afrodiaspórica



Filósofo, professor e pesquisador, Renato Noguera propõe, em livro coeditado pela FBN, mudanças no ensino da disciplina nas escolas
No CEERT
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Desde que foi promulgada a Lei 10.639, que tornou obrigatória a inclusão dos conteúdos de História e Culturas Afro-Brasileira e Africana em todos os níveis de ensino no país, em 2003, muito se discute sobre a aplicação dela. O livro O ensino de filosofia e a lei 10.639, do professor Renato Noguera, produzido pela Pallas Editora em coedição com a Fundação Biblioteca Nacional, defende mudança de paradigmas: descolonizar o pensamento e desfazer a ideia de que a filosofia seja uma aventura exclusiva da cultura ocidental. O livro foi um dos ganhadores do Edital de Coedições para Autores Negros, da Biblioteca Nacional em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, do MinC.
O professor lembra que a produção africana existe desde a antiguidade e que, antes da Grécia, os egípcios formularam importantes teses filosóficas. “Além disso, nada mais empobrecedor na área de filosofia do que as respostas fáceis e dogmas”, acrescenta. Por isso, o autor sugere, no livro, revisitar a produção acadêmica de africanas e africanos em todo o mundo, de forma a combater o racismo epistêmico, observando o protagonismo e a autoridade de negras e negros em todas as áreas.
Uma das questões centrais do texto é justamente a invisibilidade da produção intelectual negra.  “Esse roteiro é benéfico para a democracia e ampliação da diversidade étnico-racial nos circuitos acadêmicos. Os centros de produção e difusão de conhecimento acadêmico ainda são muito eurocentrados. Algumas décadas atrás a história da Europa era considerada a narrativa da trajetória da humanidade”, esclarece Noguera.


O público-alvo esperado inicialmente constitui-se, sobretudo, de docentes de filosofia do ensino médio e de pessoas que trabalham com a pesquisa sobre o ensino de filosofia. Apesar de a publicação ter sido pensada principalmente para esses profissionais, Renato torce para que ele conquiste o interesse do público em geral. “O livro também provoca debates entre os que atuam na universidade e, eventualmente, entre o público que se depara com declarações que contrariam o senso comum a respeito da filosofia. Ideias como ‘os gregos não inventaram a filosofia’ podem gerar debates mais acalorados”, diz Renato.


O autor espera que a publicação ajude a desfazer ideias preconcebidas sobre a relação entre a filosofia e a cultura ocidental. “O meu convite, tanto às pessoas que têm criticado o livro como às que o têm elogiado, é que busquem as fontes que indico e que revejam a formação oficial na área. O que eu digo no livro é que não devemos ficar restritos a uma historiografia apenas”.