Na cidade de Viseu, o professor Raimundo Gonçalves Alves, que também é poeta e radialista, fez o encerramento do curso com as palavras abaixo, buscando traçar numa narrativa histórica a síntese dos conteúdos ministrados. A turma ficou emocionada. A Copir agradece pela participação de todos e compartilha os versos do professor.
Nossa Origem, Nossa História
(leitura em ritmo de narração de rodeio)
Alô povo, pois que encontro bacana / Falar de nossa origem, nossa matriz africana / Desfazendo esse conceito / De racismo e preconceito / Que o europeu empregou / Pois essa infeliz ideia, foi ele quem criou / Escravizou outros povos, em nome da civilização / Produziu sua riqueza, através da exploração / A igreja em nome da fé veio cristianizar / Cruzou o grande Atlântico para no Brasil chegar / Colonizou a Amazônia, o indígena explorou / E o negro rebelado no tronco castigou / Com seu pensamento torpe, esta terra ele invadiu / Deixou marcas profundas no povo que o serviu / No Brasil Imperial criou leis de servidão / Limitando o negro e o índio do processo de educação / "Adestrou" o ser humano, proibindo sua religião / No Período da República quis a sociedade embranquecer / Pois isso não foi possível, É SÓ OLHAR PRA VOCÊ / Implantou ideologias, roubou, um verdadeiro assombro / Levantando resistência negra e indígena, dando origem ao quilombo / Assim é a nossa história / Marcada por sangue e dor / Mas os traços de nossa origem, ele jamais apagou / É grande a diversidade da cultura brasileira / Olhe para São Benedito e o jogo de Capoeira / Agora vem o Estado, fazer tal reparação / Pedindo talvez desculpas para uma grande nação / Com seu discurso fajuto, me chama de cidadão / Falando de igualdade, diz não fazer distinção / Pode enganar outro / A mim não engana não / Amigos professores, precisamos nos mover / Estudar a nossa história, para guardar na memória e jamais deixar morrer!
Prof. Raimundo Alves
Viseu/PA
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