EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

segunda-feira, 18 de junho de 2018

ABPN lança caderno temático sobre a Lei 10.639/03 na escola

http://www.abpnrevista.org.br/revista/index.php/revistaabpn1/issue/view/27
 
v. 10 n. Ed. Especi (2018)

Prezadas/os Leitoras/es,

Apresentamos com imenso entusiasmo a terceira edição especial da Revista da ABPN, composta pelo Caderno Temático: História e Cultura Africana e Afro-brasileira – lei 10.639/03 na escola. A produção dos Cadernos Temáticos objetiva a aproximação da ciência produzida na academia com as práticas referênciadas nas matrizes culturais africanas e afro-brasileiras, historicamente negadas e invisibilizadas pela academia, ou seja estabelecer a efetiva relação entre ciência, tecnologia, sociedade e meio ambiente. O principal resultado deste lançamento será o estreitamento dos laços com os saberes que circulam nossa constituição como sujeitos sociais, dando voz a estes saberes e dando espaço a cosmogonia que professamos como povo negro.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Por que comemorar a indicação de um álbum do Racionais MC’s nas leituras obrigatórias para o vestibular da Unicamp?

Ogunhê!
Por Esdras Soares para o Portal Geledés 
Divulgação Racionais MC’s

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgou ontem, dia 23/05, a lista de leituras obrigatórias para o seu vestibular de 2020. Para a surpresa de muitos, o álbum “Sobrevivendo no Inferno”, do Racionais MC’s, é uma dessas leituras e está na categoria Poesia, ao lado de “A teus pés”, de Ana Cristina César, e de sonetos de Luís de Camões. É a primeira vez que um disco é recomendado para o exame.
Formado há 30 anos, o grupo de rap é incontornável em termos de cultura brasileira e o álbum escolhido tem uma importância exemplar para nosso país. Nas palavras do poeta Ricardo Aleixo, “Trata-se de uma obra de ARTE comparável, em termos ético-estéticos, a monumentos da cultura nossa como “Os Sertões”, o conjunto arquitetônico da Pampulha, “Grande Sertão: Veredas”, as orquestrações de Pixinguinha, a poesia concreta, a discografia tropicalista, “Deus e o diabo na terra do sol”, “Quarto de despejo”, os “bichos” de Lygia, os parangolés & outros que tais.”

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Projeto "Aluno Repórter" e debate sobre racismo na Feira do Livro


Para possibilitar a estudantes de escolas estaduais do município de Bragança, a teoria e prática da comunicação interligada a conteúdos pedagógicos, o projeto Aluno Repórter – A Imprensa na Escola Rádio e TV - está na 22ª Feira Pan-Amazônica do Livro, no Hangar Convenções e Feira da Amazônia, em Belém. Nesta décima participação, o projeto tem um motivo muito especial para estar no evento, o Aluno Repórter completa dez anos de atividades.

O projeto que está sediado no estande da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) na Feira do Livro trouxe na tarde deste sábado (2) estudantes e professores do projeto que chegaram de Bragança ao Hangar no começo da tarde, eles trouxeram para a Feira uma amostra das atividades que os estudantes supervisionados por professores desenvolvem nos estúdios da Fundação Educadora de Educação, em Bragança, parceira do Aluno Repórter.

“Nós vamos estar na Feira de hoje até segunda-feira. Estamos muito felizes em participar dessa grande festa de incentivo à leitura que é a Feira do Livro e com a oportunidade de prestar esse serviço de transmitir ao vivo notícias e entrevistas da Feira por meio da nossa radioweb”, externou o professor e radialista Roberto Amorim, da coordenação do projeto.
Os alunos do projeto Aluno Repórter na Feira do Livro representam 800 estudantes atendidos pelo projeto nos dez anos de atividades completados em abril. Este ano, o projeto acolhe 115 alunos do ensino regular e mais 80 estudantes do Projeto Mundiar, de correção da distorção idade-ano escolar.

O Aluno Repórter atende estudantes de escolas estaduais nos municípios de Bragança, Tracuateua, Augusto Correa, Viseu e Cachoeira do Piriá. Os alunos participam de oficinas audiovisuais virtuais e presenciais ministradas voluntariamente por profissionais do rádio e da TV. Em 2018, o Aluno Repórter terá a reformulação dos laboratórios de rádio e TV e da sala da coordenação do projeto.

Nos estúdios do Aluno Repórter na Feira do Livro atuam os estudantes Ana Paula Melo, 16 anos, da Escola Estadual Prof. Bolívar Bordalo da Silva; Cleison Barbosa, 18 anos, do Sistema Educativo Radiofônico de Bragança; Luís Felipe Santos Cunha, 16 anos, da Escola Professor Galvão, do Município de Augusto Corrêa, e Paulo Santos, 18 anos, da Escola Do Rocha. O dirigente da Fundação Educadora, Diego Fernando Ribeiro e Silva, integra a comitiva bragantina na Feira.
“Eu era tímida e, a partir do projeto aprendi a me expressar melhor; eu ingressei no projeto por curiosidade e estou há um ano no Aluno Repórter”, destacou a estudante Ana Paula Melo.

Estudantes e professores firmam atitude contra racismo
A Coordenadoria de Educação para a Igualdade Racial (Copir/Seduc) promoveu um debate sobre racismo aproveitando o estande da Secretaria de Educação na Feira do Livro. A programação contou com a pronunciamentos de dirigentes do Instituto Federal do Pará (IFPA) e do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Os técnicos das instituições foram entrevistados ao vivo pelos professores e estudantes do projeto Aluno Repórter.

A professora Helena Rocha, do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB) do IFPA explicou que o núcleo produz tecnologias educacionais, no caso jogos que, por meio de cooperação técnica com a Seduc, passam a ser utilizados nas escolas do Estado. Esses jogos servem para o ensino de disciplinas e transversalizam como educação sobre as relações étnico-raciais. “As diferenças assustam, e a sociedade não está preparada para lidar com nenhuma diferença. O papel da escola é fazer uma intervenção contra o racismo, mas para a intervenção dentro da sala de aula o professor tem que estar preparado. E é isso que a Copir está fazendo junto com o NEAB e outros parceiros”, afirmou a professora Helena Rocha.

A professora Lúcia Santana, do MPEG, discorreu sobre o projeto Trilha Afro-Amazônica, que conta com um roteiro no Parque Zoobotânico do Museu em que estudantes da rede pública aprendem a história do povo negro na região a partir de elementos naturais.
“A Feira do Livro é um espaço de longo alcance, de irradiação de cultura e, por isso, é um espaço estratégico para nós discutirmos a questão da igualdade racial, da promoção da política pública em prol da qualidade de vida das pessoas afro-descendentes a partir de um trabalho nas escolas”, finalizou a coordenadora da Copir, Creuza Santos.

Por Eduardo Rocha, Ascom-Seduc

Imagens: Rai Pontes

Fonte: Portal da SEDUC