EXPOSIÇÃO "ÁFRICA: OLHARES CURIOSOS", Hilton Silva

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Professores de Moju recebem orientação sobre educação do campo


Técnicos da Coordenadoria da Educação do Campo, das Águas e das Florestas (Cecaf) da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) realizaram duas formações voltadas para os professores da educação do campo que atuam nas comunidades de Moju, no Baixo Tocantins. As oficinas foram aplicadas nos dias 28 e 29 deste mês, durante a Jornada Pedagógica, promovida pela Secretaria Municipal de Educação de Moju, no Centro de Educação Professor Oton Gomes de Lima.

Na primeira oficina, o técnico João Guilherme fez uma retrospectiva sobre o significado da educação do campo, além de falar sobre a atuação da Cecaf na região. Foi o momento, também, de trocar informações com os professores sobre as experiências deles no trabalho no campo. “Repassamos às comunidades o trabalho que a Seduc desenvolve em Moju e em outras regiões, promovendo ainda mais a educação do campo e fazendo uma relação de proximidade com as comunidades que já desenvolvem o Projovem, Saberes da Terra, Casa Família Rural e Escola da Terra”, explicou.

Educação do campo A segunda oficina foi conduzida pelo técnico da Cecaf/Seduc, Enos Monteiro. O trabalho foi dividido em duas partes, com a elaboração de um roteiro para montagem de um plano de disciplinas para a educação do campo e dinâmicas de grupo com as atividades práticas. “Nossa intenção foi sensibilizar os professores do quinto ao nono ano do ensino fundamental a participar na formulação e execução dos projetos para aquele cenário na comunidade em que atua e provocar uma reflexão sobre as práticas em sala de aula desenvolvidas”, disse o técnico.

A Educação do Campo utiliza como metodologia a pedagogia da alternância, em que o aluno do campo tem um tempo na escola e outro para desenvolver o que aprendeu em sala de aula na comunidade. A prática é aplicada, sobretudo, nas casas familiares rurais e está assegurada no artigo 28 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). “A legislação diz que a educação do campo deve partir da realidade da localidade do aluno e a metodologia é importante para que as pessoas do campo possam desenvolver todo o processo educativo, conforme a aplicação da lei”, explicou ele.

Educação do campo Pela primeira vez na Jornada Pedagógica, a professora Márcia dos Santos destaca a importância das oficinas no processo de atualização como docente na escola da comunidade Limoeiro, no Médio Moju. “Como a nossa comunidade é longe da cidade, a gente tem que buscar muita informação fora. Espero levar esses conhecimentos para a minha turma e para todos os alunos da escola”, disse ela.

Segundo ela, a educação do campo ainda é vista como um desafio para os docentes da região que precisam pesquisar mais para trabalhar a realidade dos alunos. Além disso, muitos apresentam distorção idade/série. “Eu estou trabalhando no quarto ano e tem aluno que ainda não conhece o alfabeto. Então, é bem difícil trabalhar. É como se fosse uma turma multisseriada”, explicou.

A Jornada Pedagógica, promovida pela Secretaria Municipal de Educação de Moju, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e Universidade do Estado do Pará (Uepa), encerra nesta quinta-feira, 30, com a entrega de certificados aos mais de dois mil professores, técnicos e outros profissionais da rede estadual e municipal de ensino que participaram das 36 oficinas realizadas nas tardes dos dias 28 e 29.
Educação do campo  
As oficinas foram voltadas para diversas modalidades de ensino e temáticas, incluindo resíduos sólidos, legislação e documentação escolar, práticas pedagógicas para o ensino da Educação de Jovens e Adultos (EJA), iniciação científica e libras no cotidiano escolar foram alguns dos temas desenvolvidos.

A Seduc, que mantem o Sistema Modular de Ensino (Some) em 13 localidades, também levou para o município as oficinas “Currículo e Diversidade Racial nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental”, com as técnicas Creuza Santos e Deusilene Melo, da Coordenação de Educação para a Promoção da Igualdade Racial (Copir), e “Descritores da Prova Brasil em Linguagem e Matemática”, com Ivone Cabral, da Diretoria de Educação Infantil e Ensino Fundamental (Deinf).

Além do Some, a escola-sede da rede estadual oferta para a comunidade o programa Saberes da EJA, na modalidade Ensino Médio, Ensino Médio Regular e Ensino Médio EJA (1ª e 2ª etapas). São mais de 1500 alunos atendidos.

Segundo o coordenador de Educação das Relações Étnico-Raciais da Semed, Levy Leal, das 178 escolas pertencentes ao município de Moju, 90% estão localizadas em áreas rurais, em localidades de difícil acesso. “Moju tem um vasto território campesino, com uma grande diversidade educacional e estamos trabalhando estas formações em consonância com a demanda social e a legislação. São 23 comunidades quilombolas, com pelo menos 13 escolas, e uma tribo indígena no Alto Rio Moju, com uma escola, além de um número grande de escolas ribeirinhas para atender os povos das águas e as populações das florestas”, informou ele.

Texto: Julie Rocha
Foto: Rai Pontes
Ascom/Seduc

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Jornada pedagógica de Moju prepara mais de 2 mil profissionais

Mais de dois mil professores, técnicos e funcionários que atuam nas escolas da rede estadual e municipal de ensino participam, desde a tarde desta terça-feira, 28, das formações da terceira edição da Jornada Pedagógica, em Moju, no Baixo Tocantins. São 36 oficinas ofertadas pela Secretaria Municipal de Ensino, em parceria com a Universidade do Estado do Pará (Uepa) e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Para abordar a temática “Currículo e diversidade racial nos anos iniciais do fundamental”, as representantes da Coordenação de Educação para a Promoção da Igualdade Racial (Copir) da Seduc, Creuza Santos e Deusilene Lisboa Melo, tiveram cinco horas de tarefas e dinâmicas de grupo com os professores do primeiro ao nono ano do ensino fundamental.
Jornada pedagógica de Moju prepara mais de 2 mil profissionais 
Segundo a coordenadora da Copir, Creuza Santos, a proposta da oficina foi integrar os conteúdos curriculares oficiais com os conhecimentos das temáticas relacionadas à cultura africana e indígena, contribuindo para minimizar a discriminação entre alunos e professores. “A intenção é que eles possam ter um direcionamento sobre como integrar o conteúdo oficial ao conteúdo da valorização da história africana, porque essa é a maior dificuldade entre eles”, disse ela.

 Segundo ela, é preciso “desmistificar o olhar” sobre o conteúdo a ser trabalhado em sala de aula, em relação à diversidade racial. “É preciso desmistificar duas coisas, existe legislação para uma modalidade de ensino que é a educação escolar quilombola e existem as diretrizes especificas para a promoção da igualdade racial que diz respeito às demais escolas, que não estão exclusivamente no contexto escolar quilombola”.

Jornada pedagógica de Moju prepara mais de 2 mil profissionaisNa oficina, ministrada em uma das salas do campus da Uepa, o professor Falcão Almeida, nascido e criado na comunidade de Jambuaçu, a 42 km de Moju, agora tenta aprender um pouco mais para melhorar a atuação na sala de aula. Ele leciona na escola São Manoel, formada por estudantes das 60 famílias de remanescentes de quilombolas. “É uma oficina que tem a ver com a diversidade racial e nós vivemos num território que existe essa diversidade. É uma maneira que busquei para trabalhar melhor com os meus alunos”, disse ele, que leciona no ensino fundamental do quarto e quinto anos.

Também participou da formação o professor Wanderley Gonçalves, que trabalha no Sistema Modular de Ensino (Some) lecionando matemática para os alunos da rede estadual e municipal de ensino. “Escolhi esse tema porque acho importante me atualizar  e ver o que está sendo trabalhado, porque a gente sabe que ainda existe muito preconceito e o professor também deve aprimorar os conhecimentos para melhorar as práticas na sala de aula”, disse ele, que leciona na escola Rio dos Valadares, na comunidade Jacundaí, a 80 km de Moju.

Jornada pedagógica de Moju prepara mais de 2 mil profissionaisSegundo a secretaria municipal de Moju, Lúcia Cristo, a Jornada Pedagógica é o maior momento de formação que a Semed, em parceria com a Seduc, pode proporcionar aos servidores da educação. “Todos os segmentos da educação estão participando, inclusive garantimos sucesso de público de inscrição nas oficinas das nossas merendeiras, que estão aprendendo a manipular os alimentos para melhorar o cardápio das escolas. Também focamos muito na formação do professor. Por ser um município continental, Moju tem muitas escolas multisseriadas e o professor precisa estar preparado”, disse ela.
Jornada pedagógica de Moju prepara mais de 2 mil profissionais

A Jornada Pedagógica de Moju segue nesta quarta-feira, 29, das 14 às 17h, nas salas do campus da Uepa e do Centro Municipal de Ensino Fundamental Básico e Integral Prefeito Oton Gomes de Limas, com oficinas voltadas para o ensino fundamental, EJA, educação física, incentivo à pesquisa, educação especial, educação do campo, arte, gestão escolar, entre outras.



Texto: Julie Rocha 
Foto: Rai Pontes

Curso de Especialização em Educação


O Centro de Formação de Profissionais da Educação Básica do Estado do Pará-CEFOR comunica que a Universidade Federal do Pará  (UFPA),  por meio  da  Pró-Reitoria  de  Pesquisa  e  Pós-Graduação (PROPESP)  e  do  Grupo  de  Estudos  em  Educação,  Cultura  e  Meio  Ambiente  (GEAM), do  Instituto  de  Educação  (ICED),  torna  pública  a  abertura  de  seleção  de  candidatos  para  o Curso de Especialização  em  Educação, Pobreza e Desigualdade Social, com as inscrições abertas no período de 27 de abril a 27 de maio de 2015.

O curso acontecerá no  período  de  30 de  junho  de  2015  a  30  de  dezembro  de  2016 e  serão  ofertadas  400  vagas  distribuídas  por  oito  municípios  polos no estado  do  Pará,  são  eles:  Abaetetuba,  Altamira,  Belém,  Castanhal,  Itaituba,  Marabá, Melgaço e Santarém.
O Curso pretende formar profissionais da educação básica e outros envolvidos com políticas sociais que estabeleçam relações com a educação em  contextos  empobrecidos, além de ajudar no desenvolvimento  de práticas  político-pedagógicas  que  possibilitem  a  transformação  das  condições  de  vivência  da  pobreza  e  da  extrema  pobreza  de  crianças,  adolescentes  e  jovens.
Para participar do processo seletivo o candidato deve ter nível superior (em  qualquer  área)  e, ao concluir o curso, o profissional egresso será capaz de possibilitar a apropriação de conhecimentos científicos a respeito da pobreza e das desigualdades sociais em suas relações  com questões étnicas, raciais, de gênero e de espaço, analisando  a constituição dos direitos civis, políticos e  sociais, caracterizados de modo mais amplo como direitos humanos na Amazônia.
Acesse o edital aqui: Clique aqui


Fonte: Site da SEDUC/PA.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Encontro de Formação em Educação Escolar Quilombola de Oriximiná/PA



O presente projeto refere-se à formação de professores/as, técnicos/as, gestores/as da Rede Pública Municipal de Educação de Oriximiná/PA, da Rede Estadual, bem como de lideranças quilombolas, para o atendimento da demanda da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, alterada pela Lei nº 10.639/03 que tornou obrigatória a temática História e Cultura e Africana e Afro-Brasileira, no âmbito do currículo da Educação Básica, e para a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica, a ocorrer de 11 a 13 de maio de 2015.
Registra-se também o chamado para realização de Fórum para debater o assunto da “Merenda Escolar” com representações das diversas entidades da sociedade civil e órgãos governamentais, no dia 14 de maio de 2015.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Entrega de Certificados do Projeto "A Cor da Cultura III".


Parabenizamos todos os cursistas do Projeto “A Cor da Cultura III” no Polo do Pará nos municípios de: Belém, Castanhal, Parauapebas e Tucuruí que finalizaram o Curso em prol da implementação da Lei 10.639/03, que estabelece a inclusão e valorização dos conteúdos sobre “História e cultura Afro-Brasileira” no currículo escolar. Veja abaixo onde seu certificado será entregue:

Inscritos no Município de Belém: Certificados_Multiplicadores_Belém 


08º URE - CASTANHAL:  Certificados_Multiplicadores_Castanhal

04º URE - MARABÁ: Certificados_Multiplicadores_Parauapebas 

16º URE - TUCURUÍ: Certificados_Multiplicadores_Tucururi 

Obs.: 

1- Os Certificados dos Professores das USE'S 02, 08 e 19 estão disponíveis para serem entregues na COPIR/SEDUC

2- Não recebemos os certificados dos educadores inscritos com o perfil de Educador Social, desta forma, para maiores informações entre em contato via e-mail: acordacultura@futura.org.br

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Promoção da igualdade racial é tema de reunião na SEJUDH.


A Gerência de Promoção a Igualdade Racial, através da Coordenadoria do Programa Raízes que é vinculado a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos-SEJUDH, reuniu no dia 26 de março de 2015, com o Secretário da SEJUDH, Michell Durans e outras instituições, com o objetivo de apresentar o Sistema Nacional De Promoção Da Igualdade Racial- SINAPIR e mostrar a importância desse Sistema para a Promoção a Igualdade Racial no Estado.
O SINAPIR é um instrumento fundamental para a institucionalização da Política de Promoção da Igualdade Racial em todo o País, para a sua operacionalização, é necessária a adesão dos Entes Federados, que possibilitará a atuação conjunta na implementação dessa política, potencializando os resultados e garantindo o acesso prioritário desses entes às iniciativas do Governo Federal.
O Assessor de Assuntos Federativos da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Social da Presidência da República, Marcos Bezerra, falou do objetivo com que ele veio apresentar o SINAPIR “O objetivo da reunião foi passar informações sobre o SINAPIR, ou seja, de como ele funciona, registrar também a importância do Estado do Pará participar do Sistema e convidar o Estado a aderir”.
A Gerente de Promoção a Igualdade Racial, Byany Sanches, fala sobre a importância desse Sistema para o Estado, “ Esse Sistema é importante para o Estado para fazer com que essa Política seja consolidada em todos os aspectos, como, Quilombolas, Indígenas, igualdade racial e matriz africana que são nossos braços de atuação”, afirma.
Dentre as instituições que participaram da reunião, estavam presente, a Gerência Indígena, Gerência Quilombola junto com o Coordenador Gustavo Américo que é responsável pelas Gerências e outros, dentre eles a Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial – COPIR/SEDUC.

Fonte: Site da SEJUDH